sexta-feira, 19 de junho de 2009

Práticas de linguagem e alfabetização inicial na escola

Ao ingressar na escola a criança traz uma bagagem de conhecimentos, que deve ser levada em consideração, pois essa bagagem vai sendo adquirida através da observação da relação que as pessoas mais experientes tem com a leitura e a escrita de diversos textos. Por isso não devemos ter uma única e mecânica forma de alfabetizar, pois cada um terá uma experiência diferente.
A criança que tem o contato com os textos parecidos com os trabalhados na escola acaba tendo mais êxito do que aqueles que não estão habituados com textos escolares, e acabam sendo considerados incapazes de aprender o que a escola deseja ensinar e muitas vezes são deixados para atrás na aprendizagem.
Para a mudança da realidade citada acima a comunicação deve acontecer em todo os momentos, a criança precisa ser orientada de como deve se comportar ao falar e posteriormente ao escrever. No entanto, nunca deve ser desvalorizado ou hostilizado a forma de falar dela. Mas, ao contrario disso, a escola padroniza e impõem o que está certo ou errado.
Deve-se ir mostrando para o aluno que não devemos escrever da mesma forma que falamos , o que irá ocorrer de forma natural e prazerosa se forem trabalhados vários tipos de textos. Com isso o próprio aluno vai observar e avaliar que podemos até falar de um determinado jeito, mas que ao escrever devemos obedecer algumas regras. E consequentemente vão aprender também que em determinados ambientes sociais devemos falar e se portar da forma exigida no local.
A alfabetização se dá de forma significativa quando o professor se posiciona como mediador e ver o aluno como participante ativo do processo de alfabetização. Com isso os anseios de cada um será sanado pois será respeitada a prática social da linguagem e o contato que cada um teve com textos.
Há uma experiência nos Estados Unidos em que as crianças fazem a leitura de diversos gêneros textuais coletivamente onde cada um ler uma parte e discutem. Pratica que leva ao respeito mútuo e a colaboração na hora de cada um se posicionar.
Trazendo essa proposta para a nossa realidade podemos sugerir em nossa classe que cada um traga um texto que acha interessante e esse seja socializado em sala, com isto se mostrarão mais interessados pois estarão aprendendo o que a escola se propõe a ensinar e o que tem interesse. Essa prática pode ser feita desde a educação infantil com o professor fazendo a leitura e os estimulando a falar, incentivando a oralidade dos mais tímidos e colaborando para que mais tarde tenham facilidade de escrever seus próprios texto.
Quando a criança aprende a ler deve ser estimulada a registrarem o que acontecer em sala e escreverem as suas próprias historinhas, e o professor continua se posicionando como mediador sem apontar erros e sim levar os alunos a observarem e refletirem o que tem de incoerente na sua escrita e assim faça suas próprias conclusões.
As palavras utilizadas pelos alunos, tanto oralmente como na escrita, devem ser analisadas no coletivo para ver se é coerente. Por exemplo, os palavrões e gírias devem ser procurados os significados para que o aluno pense se deve ou não utilizar esse tipo de palavra em todos os ambientes que frequentam.
Para finalizar: levar em consideração o que o aluno traz de bagagem não é se limitar a ela e sim partir disso e buscar outras possibilidades para a construção do conhecimento mostrando que dominar a linguagem faz com que ele se posicione como cidadão.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Experiencias digitais com o letramento.

Video que fala um pouco sobre as concepções e aplicações da idéias extraidas dos textos sobre oralidade e letramento na infancia.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ideias sobre conhecimentos prévios na educação infantil


Bem, nesta postagem vou evidenciar meus entendimentos sobre o texto 3 (Contexto de Alfabetização na aula de Ana Teberosky e Núria Ribeira) após leitura e discussão.

A criança não chega na escola ´´vazia´´, ela chega sabendo algo, todo lugar onde passa tem contato com a leitura. No inicio esse contato é maior quando um adulto ler para ela. Então isso deve se dar de forma prazerosa, possibilitando que interaja com a escrita e leitura.
Embora ainda não saiba ler a criança ver e manipula, livros, jornais, revistas e rótulos de produtos usados pela mãe para a limpeza da casa. Então vai observando qual a finalidade de cada um, até que com a intervenção da escola, consiga distinguir, a função da leitura em cada situação de sua vida, o que se dá através da observação do adulto.
A criança que desde muito cedo tem contato com o universo da escrita e da leitura aprende com muita facilidade, no entanto não podemos dizer que a criança que não possui esse contato não aprenda a ler. O cognitivo dela está preparado para ser desenvolvido, cabe a escola estimular possibilitando a manipulação de diferentes suportes textuais. Não apenas no olhar ou pegar, mas utilizar, criar e ler. Mostrar, a função e organização estrutural de cada um dos gêneros textuais.
O interesse pela leitura se dá inicialmente através da observação do adulto leitor. Por isso é de fundamental importância o professor ler para seus alunos. Quando ele tem essa pratica e apresenta prazer com isso, a criança começa ter vontade de fazer igual. No entanto, os textos lidos devem estar de acordo com os interesses da turma e deve ser feito um trabalho de intervenção após a leitura para que compreendam a função social do ato de ler e escrever.
A leitura também propicia que se tenha o contato com novas palavras, enriquecendo assim o vocabulário, o que favorece quando passarem de ouvintes para escritores dos próprios textos, pois conseguirão escrever sem excessiva repetição de palavras como é comum em crianças pequenas.
Mesmo que ainda não saibam escrever podem o fazer com a ajuda do professor a criança vai ditando e esse vai fazendo as intervenções para que os alunos percebam como se escreve determinadas palavras ou como se estrutura o texto. Essa intervenção deve possibilitar que os alunos perguntem tirando duvidas. Com isso vão desenvolvendo a escrita até que consigam o fazer sozinhos, partindo de pequenos textos até os mais extensos. Mas para que isso ocorra, é necessário que a classe de alfabetização seja um ambiente estimulante, onde a leitura e a escrita faça parte das atividades de forma prazerosa, e que seja possibilitado o aluno a ´´errar´´, perguntar e o mais importante, produzir. Ou seja o aluno não deve apenas copiar o que está pronto, mas construir suas possibilidades.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Avaliação Formativa


Em meio às diversas discussões que vivenciamos sobre a avaliação num todo durante o período da faculdade, é interessante refletir e discutir sobre o conceito de avaliação formativa, que foi desenvolvido por Scriven(1967) e que atualmente não podemos perceber a aplicação deste conceito nas práticas pedagógicas.

A avaliação formativa, dentro do meu compreendimento, tem como principal finalidade romper com as formas tradicionais que vivenciamos e conhecemos sobre avaliação, metologias essas que avalia o aluno por meio testes e provas, criando no aluno certo repúdio à avaliação e comprometendo a autonomia do aluno .

Dentro da avaliação formativa o aluno é avaliado processualmente numa relação mais próxima de ensino-aprendizagem entre professor/aluno e o aluno e a turma , além disto é avaliado todo o progresso do aluno durante o ano desprendo-se dos "testes e provas", ou seja o aluno pode ser avaliado de maneiras alternativas e menos agressiva. Outra grande vantagem da avaliação formativa é que é dada ao aluno a oportunidade dele se auto-avaliar, observando seus erros a fim de corrigi-los, proporcionando a chance de aprender com seus próprios erros.

Vejo como exemplo disto o portfólio eletrônico que estamos nos adaptando gradualmente a utilizar como forma de avaliação, atendendo a idéia da avaliação formativa. Durante o desenvolvimento deste trabalho poderemos perceber nossa evolução, interessante ressaltar também que sendo o portfólio o nosso meio avaliativo nossa autonomia é maior , mesmo que nossas postagem sejam mediadas pelo professor, elas são articuladas por nós, com nossas palavras, expondo nossas reflexões e idéias , nosso esforço e nossas dificuldades.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Impressões sobre oralidade.

Oralidade é a transmissão oral dos conhecimentos armazenados na memória humana. Antes do surgimento da escrita, todos os conhecimentos eram transmitidos oralmente. A memória auditiva e visual eram os únicos recursos de que dispunham as culturas orais para o armazenamento e a transmissão do conhecimento às futuras gerações. A inteligência estava intimamente relacionada a memória. Os anciões eram os mais sábios, pelo conhecimento acumulado.

Pierre Lévy faz uma distinção em "As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática, faz distinção entre a oralidade primária, onde a palavra, por ser o único canal de informação, é responsável pela gestão da memória social; e a oralidade secundária em que a palavra (falada) tem uma função complementar à da escrita (e posteriormente à dos meios eletrônicos), sendo utilizada basicamente para a comunicação cotidiana entre as pessoas".

Em muitas culturas, a identidade do grupo estavam sob guarda de contadores de histórias, cantores e outros tipos de arautos, que na prática eram autenticamente os portadores da memória da comunidade. Este é o caso do papel desempenhado na África Ocidental pelos griot, sendo o relato mais famoso o dos feitos do rei Sundiata Keita, soberano do Império Mali.

Adiquirindo Conhecimento Lexical

A Lexicologia é um ramo da lingüística que tem por objetivo o estudo científico do acervo de palavras de um determinado idioma - léxico - sob diversos aspectos. Para isso, ela procura determinar a origem, a forma e o significado das palavras que constituem o acervo de palavras de um idioma bem como o seu uso na comunidade dos falantes. Assim, por meio da Lexicologia torna-se possível observar e descrever cientificamente as unidades léxicas de uma comunidade lingüística. A Lexicologia se diferencia da lexicografia, ciência instrumental que tem como finalidade a elaboração ou compilação de dicionários. O pesquisador e especialista da lexicologia é conhecido como lexicólogo.